O Matrimônio

Consagrando aquilo que pode se formar na vida comum entre homem e mulher para o bem da humanidade.

Todos nós somos seres humanos, mas nos encarnamos ou como homens ou como mulheres. Esta polaridade do masculino e do feminino é totalmente determinante para a formação do corpo. Na alma esta polaridade atua também, mas não é tão nítida como no corpo. E o nosso Eu, o espírito em nós, existe em um nível superior, ele não é nem masculino nem feminino, é o germe do humano em nós.

A união de um casal acontece em diferentes níveis. A união entre um homem e uma mulher tem no primeiro nível o sentido de gerar o corpo para a encarnação de uma criança. E o corpo do bebê é gerado pela ligação dos corpos do homem e da mulher. Isto é muito importante para o perdurar da humanidade, mas é um fruto e não o motivo do matrimônio.

No nível anímico surge a esfera na qual o motivo da relação vive: o desejo de se ligar animicamente com o outro. Neste nível podemos aprender a viver com o outro e, no dia a dia, nas alegrias e sofrimentos comuns na vida, aprender sempre mais a amar o outro. Em uma ligação madura o amor não está como ponto de partida da relação, mas como meta comum de vida. Para que seja possível trilhar este caminho é necessária uma decisão individual no nível espiritual. O Eu de cada um, em liberdade, pode dizer sim para a vida comum.

Procurar receber o sacramento para a vida comum expressa o desejo do casal de querer conscientemente colocar o seu matrimônio em relação com o Cristo e ter a consciência que o que se forma na vida comum não tem uma importância somente para o casal, mas na realidade para toda a humanidade.

Para casais heterossexuais se celebra o sacramento do matrimônio, que está direcionado para a polaridade homem-mulher. Para casais homossexuais se celebra um ato cúltico com a mesma intenção de fundamentar a relação com o Cristo.