O Batismo

No início do caminho da encarnação, do nascimento terreno, semeando o impulso de manter a relação com o divino nesta vida.

Na história da humanidade, o Batismo tem uma origem mais antiga que o Cristianismo. Por isso foi possível que Jesus fosse batizado por João Batista. O batismo de João, mergulhando as pessoas na água, tinha como meta proporcionar uma profunda experiência espiritual, o que mudava todo o sentido da vida para essa pessoa. No início do Cristianismo também foram batizados, os adultos com essa meta. No decorrer do tempo esta experiência deixou de ser possível e o batismo passou a ser também um batismo de crianças.

A Comunidade de Cristãos segue este desenvolvimento em que batizamos crianças, mas resgata o impulso de que o Batismo seja uma profunda experiência espiritual. Isso ocorre agora não da mesma forma como acontecia com os adultos no passado, de uma forma consciente, após uma preparação intensiva. A criança no Batismo tem uma experiência espiritual transmitida pelo seu contato sensorial com três substâncias: água, sal e cinza. Estas substâncias ao serem consagradas, se unem com três potências espirituais: a força gestadora, o poder conservador e a força renovadora. E nestas três potências se revela a atuação do Divino: do Pai, do Cristo e do Espírito.

Assim a criança é batizada em nome do Pai, do Filho e do Espírito, por uma vivência da força gestante, do poder conservador e da força renovadora, proporcionada pelo contato com as substâncias água, sal e cinza.

Com esta experiência, com o impulso de manter a relação com o Divino nesta vida, a criança prossegue o seu caminho de encarnação.

No Batismo duas pessoas, os padrinhos, se oferecem a acompanhar a criança nesse caminho, mantendo a consciência para o impulso de se encarnar na terra, mantendo a relação com o Divino e o impulso do Cristo.